Compreender os desejos e necessidades envolvidos em cada uma das relações entre a empresa e seus públicos, sem perder de vista o conjunto, a fim de empreender ações ousadas e que atendam os diferentes perfis de clientes. Segundo palestra ministrada pela proprietária da Nuna Planejamento e Marketing Imobiliário, Adriana Samaan, nesta semana, em Curitiba, esta deve ser a diretriz para a implantação de estratégias de marketing numa nova configuração do mercado imobiliário, com forte presença das empresas nacionais. “Neste novo cenário o grande desafio é reinventar o marketing de maneira que ele possa contribuir com um novo olhar sobre o consumo e suas consequências, construindo uma sociedade mais responsável e mais crítica e, portanto, mais racional”, defende.
Para Adriana, estruturar o ambiente organizacional para o atendimento de diferentes demandas é o primeiro passo para posicionar a marca de maneira positiva no mercado, agregando valor aos produtos e serviços ofertados. Para isso, é necessário estabelecer critérios para a contratação, mensuração e relacionamento com colaboradores, fornecedores e concorrentes, participar efetivamente de entidades e associações afins ao negócio, avaliar a importância da opinião de ex-clientes no planejamento estratégico, definir papel, responsabilidade e atuação da empresa na sociedade e identificar as particularidades de perfis e de canais de comunicação com os clientes. “Também é importante investir constantemente em pesquisa, atendimento, personalização, qualidade, treinamento e capacitação, bem como estabelecer relações que priorizem o conhecimento, a parceria e o comprometimento. Isto vai possibilitar que a empresa cresça e se desenvolva de maneira sustentável e harmônica”, sugere Adriana.
Atenção especial também deve ser dada às mudanças de comportamento e exigências dos consumidores, que cada vez mais priorizam a inovação, o bem-estar, a conexão, a satisfação, a integração, a curiosidade e o status. “É preciso fazer um trabalho na contramão, ou seja, a partir das necessidades dos clientes, oferecer diferenciais que façam mais sentido para ele. Esforços devem ser empreendidos na busca de maior flexibilidade e personalização dos espaços, unindo estética e economia”, destaca Adriana.
Os mesmos cuidados devem ser tomados no planejamento e elaboração do empreendimento, bem como na comunicação com o consumidor. Esta deve ser criativa, honesta e humanizada. “É fundamental que se estabeleça uma troca entre o cliente e a empresa. Que o comprador participe do processo, sem se sentir invadido”, comenta Adriana. Um ponto de venda que transmita o conceito da organização e da marca, sendo projetado para todos, e ferramentas virtuais dinâmicas, interativas e com atualização periódica, também auxiliam na comunicação e fixação da marca e da empresa. “Não existe ação de marketing no mundo capaz de reverter uma resposta mal educada ao telefone, o cheiro de tinta que invade o carro do folheto mais barato, ou o banheiro mal cuidado da empresa”, comenta.
Para as pequenas empresas do mercado imobiliário, Adriana aponta a atuação em nichos de mercado, que priorizem investimentos em praças que não alcançaram integralmente seu mercado potencial ou em novos produtos e serviços que possibilitem novas distribuições e novos mercados, como boas oportunidades de negócio. “Acompanhar as tendências, como a relação cada vez mais estreita entre casa e trabalho, a convergência tecnológica, a relação de consumo temporária, e o conceito da casa como clube é uma fonte recomendada para que as empresas com verbas de comunicação e marketing menores possam se tornar referência em sua área de atuação”, diz Adriana.
Fonte: ParanáShop