terça-feira, 1 de novembro de 2011

Governo federal triplica meta do Minha Casa Minha Vida em Santa Catarina



Santa Catarina tornou-se em outubro o primeiro Estado do país a aderir à segunda fase do programa Minha Casa, Minha Vida. Durante solenidade realizada em Florianópolis, o ministro das Cidades, Mário Negromonte, anunciou a liberação de R$ 5 bilhões para a construção de 75 mil unidades residenciais em cidades catarinenses até 2014. O número é três vezes maior do que as 24 mil unidades estipuladas na primeira fase, meta que acabou superada com folga (33 mil).
Na solenidade, prefeitos de 55 municípios catarinenses aderiram à segunda etapa do programa do governo federal. – contra 26 na primeira etapa.Das 75 mil unidades anunciadas pelo ministro para SC, de um total de 1,2 milhão no país, mais de 20 mil serão destinadas às famílias com renda mensal de zero a três salários mínimos (R$ 1,6 mil).
O valor dos imóveis para esta faixa é de até R$ 56 mil na Capital e região metropolitana, de R$ 48 mil nas cidades com população entre 20 mil e 50 mil habitantes, e R$ 52 mil nas demais localidades. Entre os municípios da lista estão Balneário Camboriú, Blumenau, Chapecó, Lages, Criciúma, Joinville, Rio do Sul e Palhoça. O programa prevê um padrão mais elevado de construção nesta etapa, que inclui área construída maior, revestimento cerâmico em todas as paredes da cozinha e do banheiro e até aquecimento solar.
– É importante que essas novas moradias se tornem um bairro da cidade e não uma futura favela. Por isso, é vital a mobilização dos governos em oferecer escolas, creches e áreas de lazer nesses locais – afirmou o ministro Negromonte.
Em Florianópolis, a primeira etapa do Minha Casa, Minha Vida fracassou. Não houve nenhum empreendimento contratado para a faixa de zero a três salários. Isso apesar de uma fila de espera de 14 mil famílias. Prefeitura e construtoras alegaram que os altos preços dos terrenos na Capital inviabilizam a construção deste tipo de imóvel.
Florianópolis estuda a doação de terrenos
A promessa é de mudança nesta etapa. O superintendente da Caixa em SC, Roberto Carlos Ceratto, afirmou que a prefeitura estuda a doação de 10 terrenos para a construção de unidades destinadas à baixa renda. Segundo ele, os 14 mil inscritos na primeira fase não terão prioridade agora. Em todo o país, o investimento previsto pelo programa de habitação será de R$ 125,7 bilhões.

Fonte: Diário Catarinense

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Saiba como planejar a compra do imóvel


 Comprar a casa própria é um dos maiores sonhos de todo o brasileiro. Estudo recente apontou que 37% dos entrevistados pretendem comprar um imóvel nos próximos meses. Mas, muita calma nessa hora: se deixar levar pela emoção pode acabar em dor de cabeça, alertam Ricardo Humberto Rocha, professor do Laboratório de Finanças da Fundação Instituto de Administração (FIA), em São Paulo, e Márcia Tolotti, psicanalista e coordenadora de programas de educação financeira.
Eles listam quatro principais perfis de compradores. Os racionais, pessoas que em geral têm mais de 35 anos, planejam as compras e buscam vantagens, tendo boas chances de se dar bem como investidores, a longo prazo. Já os conformistas são o oposto: não analisam nem planejam compras. Despojados, são na maioria homens, e o conselho para eles é buscar um projeto de vida e procurar motivação para realizá-lo.
O terceiro grupo, dos consumistas, é formado majoritariamente por mulheres. São pessoas que entendem a compra como um ato de autoestima, e quem o gasto compulsivo é frequente. A dica dos especialistas é controlar o impulso consumista e ter foco em sonhos maiores, como a casa própria ou estudos.
Saiba como planejar a compra do imóvel














Há, ainda, os personalistas, em geral jovens preocupados consigo e que gastam para si em primeiro lugar. O que estas pessoas devem manter em mente é que é preciso guardar dinheiro no presente para garantir o futuro.

Dicas

Os especialistas apontam certos cuidados e detalhes de planejamento para evitar que o sonho da casa própria se transforme em pesadelo:

- Dê atenção à localização do imóvel. Se for muito longe do trabalho, por exemplo, você pode perder tempo de deslocamento e até ter os gastos acrescidos;
- Observe a qualidade da construção, que pode influenciar o valor do imóvel em uma futura revenda ou mesmo gastos elevados com reparos;
- Pense se, em vez de ficar 20 ou 30 anos pagando pela casa, não é mais barato comprar um terreno e construir a residência aos poucos;
- Faça reservas para dar uma entrada maior, para reduzir o valor financiado;
- Não comprometa mais do que 30% da renda com a prestação para não correr o risco de ficar inadimplente.

Fonte: Revista Penseimóveis

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

O que torna a presença do corretor de imóveis indispensável na negociação?

Nas transações imobiliárias, o corretor tem a qualificação necessária para analisar o mercado e orientar ao cliente quanto à valorização do imóvel e documentação.

O mercado imobiliário brasileiro está promissor, não há como negar. Dados da Associação Brasileira  das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (ABECIP) afirmam que em junho foram financiados 46,5 mil imóveis. Isto significa um aumento de 13,8% em relação a junho de 2010 e 1,6% em relação a maio.
Mas como é vender ou alugar um imóvel? Basta fixar o preço, achar o comprador e fazer negócio? Ou então, basta o comprador achar o imóvel dos seus sonhos, pesquisar na internet e adquirir o que está mais em conta? Embora o tino comercial seja importante, as transações imobiliárias possuem um alto grau de complexidade.
Para o diretor de Marketing do Redimob- a rede social do setor imobiliário- Leonardo Stuepp Jr., corretores de imóveis são profissionais que possuem grande capacidade em aproximar partes, entender necessidades e facilitar a geração de negócios. “Os corretores tornam-se um elo importante na cadeia da construção civil, tendo influência direta no crescimento do setor”, afirma.
Para contribuir com este processo, Stuepp Jr. completa que as ferramentas tecnológicas permitem a este profissional um grau de relacionamento até então não observado.
“Nesse contexto, as redes de relacionamento atuam como facilitadoras e permitem que as relações não encontrem mais barreiras geográficas, aumentando sua abrangência de atuação e facilitando a aproximação da sociedade aos conhecimentos destes profissionais", diz.

Sinônimo de segurança

Segundo o presidente do Conselho Federal dos Corretores de Imóveis de São Paulo (CRECI-SP), José Augusto Viana Neto, com a assessoria de um corretor, o cliente terá segurança de que esse profissional está empenhado em conseguir o imóvel que deseja.
“Isso implica conhecer as suas necessidades em termos de localização da propriedade, acesso a meios de transporte, segurança, facilidades no entorno, como escolas, supermercados e padarias. Além disso, o empreendimento precisa “caber” no bolso do cliente, indo assim ao encontro de todas as suas expectativas” explica Viana.
O Superintendente do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis de Minas Gerais (Creci-MG), Ricardo Mendes, atenta que os corretores de imóveis são os únicos capacitados a opinarem quanto ao valor de mercado de determinado imóvel, seja para locação ou venda.
“São profissionais que conhecem a fundo o mercado imobiliário onde atuam, estando sempre atentos a todos os fatores de valorização ou depreciação de cada bem, individualmente. Além disso, estes profissionais detêm informações sobre potenciais investidores e sobre o público alvo para cada imóvel ofertado, o que tornam mais eficazes as transações imobiliárias”, ressalta

Cuidados com a documentação

A advogada Ana Isaura Matos decidiu investir na carreira de corretora de imóveis este ano. O suporte técnico a respeito da documentação do imóvel é um dos principais diferenciais da atuação deste profissional em uma transação imobiliária. “O corretor de imóveis pode alertar o comprador de quaisquer eventuais problemas, inclusive dívidas existentes que estejam averbadas na matrícula do imóvel”, afirma.
O diretor do Grupo Homehunters, de Campinas (interior de São Paulo-SP), Mauro Vanti Macedo, concorda. “Ainda há a falsa ideia que basta passar a escritura do imóvel no cartório ao interessado e não haverá mais problemas. O corretor de imóveis está habilitado para detectar qualquer percalço tanto no presente ou futuro em relação às documentações”, comenta.

O barato pode custar caro

Para o assessor de tesouraria do Conselho Federal dos Corretores de Imóveis (Cofeci) e Conselheiro do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis do Ceará (Creci-CE), Hamilton da Silva Cavalcante, a partir do momento em que o cliente opta em comprar imóveis sem intermediação de um corretor, há o risco de haver problemas não apenas na documentação, mas também prejuízos financeiros, seja por falta de capacitação do profissional ou mesmo má fé. “Se a assessoria for feita com aventureiro, o cliente não terá onde reclamar depois”, afirma.
Mas a presidente da Associação Brasileira de Mercado Imobiliário (ABMI), Virgínia Duailibe, atenta que se há aventureiros no mercado é porque há quem os contrate. “Infelizmente ainda há proprietários completamente equivocados com as circunstâncias, que se preocupam mais em barganhar comissões do que com a qualidade dos serviços que lhe serão prestados. É o corretor de imóveis o especialista legalmente habilitado a intermediar a relação entre o proprietário e o comprador do imóvel, sendo o ponto de equilíbrio dessa negociação”, comenta.
O corretor de imóveis Mailson Dias ressalta que o corretor de imóveis, quando bem informado e voltado a prestar uma real consultoria a seu cliente, se dispõe a tornar viável a  negociação com estudos. “Assim evitam-se dores de cabeça futuras com perdas caso o cliente coloque em risco por alguns reais que ele deixou de pagar a mais em um imóvel ou o que assinar uma procuração sem se resguardar dos direitos exercidos sobre o imóvel, ficando no prejuízo”, finaliza.

Fonte: COFECI

terça-feira, 28 de junho de 2011

Área liberada sobe na Capital Catarinense


A indústria de construção civil começou o ano cheio de apetite em Florianópolis. A área autorizada para novas obras chegou a 492 mil metros quadrados no primeiro trimestre, 232,4% superior aos 148 mil metros quadrados do mesmo período de 2010.
Entre janeiro e março, foram concedidos 465 alvarás de construção em Florianópolis, mais do que o dobro do ano passado (211).
O Norte da Ilha aparece como a região de maior interesse para o setor. Em Ingleses, líder do ranking local pela segunda vez nos últimos três anos, a área autorizada de 75 mil metros quadrados é quase sete vezes maior do que a liberada no primeiro trimestre em 2010.
Canasvieiras também aparece no alto da lista. Está na terceira posição (68,5 mil ), colada à Praia do Campeche (68,7 mil), no Sul da Ilha.
Para Hélio Bairros, presidente do Sindicato da Indústria da Construção (Sinduscon) da Grande Florianópolis, os dados revelam muito mais uma proteção de mercado do que um crescimento real na oferta de novas unidades.
– Muitos donos de terra ficaram amedrontados com algumas políticas públicas restritivas e com a burocratização exagerada nos processos de licenciamento ambiental.
Bairros também acredita que esta explosão no número de alvarás seja o efeito da burocracia para finalizar muitos processos iniciados um ou dois anos atrás. Por conta disso, o Sinduscon defende regras claras, planejamento, segurança jurídica e obras de infraestrutura.
Preços crescem até 20% ao ano
O mercado imobiliário aquecido pode ter ampliado o número de novos empreendimentos na Grande Florianópolis, mas não em quantidade suficiente para frear o aumento dos aluguéis. A procura maior do que a oferta em alguns bairros da Capital segue ditando os preços, que estão subindo entre 15% e 20% por ano. Para Bairros, o mercado imobiliário local pode demorar mais cinco anos para se estabilizar.
Os apartamentos de dois dormitórios são os campeões de procura. O aluguel de uma unidade deste tipo de alto padrão, no Santa Mônica, bairro de classe média alta, próximo ao campus da UFSC e ao Iguatemi Floripa, valorizou em torno de 30% nos últimos 12 meses.
Sandra Rodrigues, gerente de aluguéis da Brognoli, maior imobiliária do Estado, diz que o preço subiu de R$ 1,2 mil para R$ 1,6 mil.
– A procura por imóveis de dois e três quartos, que são os mais desejados, cresceu pelo menos 30% neste último ano na Ilha e alguns bairros do Continente – revela a gerente.
A escassez de imóveis para locação é originada tanto pela falta de espaço em alguns bairros da Ilha, como Centro e Trindade, quanto pela pressão que os imóveis fechados fazem no mercado. Os bairros que lideram a busca por locação na Capital são o Centro, Trindade, Coqueiros e Estreito.
Segundo Luiz Roberto de Souza, gerente de vendas da imobiliária Pirâmides, a maior oferta e os novos lançamentos na região continental da Capital tem segurado preços. Apartamentos de dois dormitórios estão sendo vendidos na faixa de R$ 230 mil, bem abaixo dos R$ 300 mil a R$ 320 mil cobrados por unidades do mesmo tipo na ilha.
Apostas com retorno alto
As construtoras seguem lançando novos empreendimentos em bairros disputados, como o Centro, a Trindade e o Itacorubi, na Ilha. Mas para quem procura novos apartamentos para investir tem se dado melhor em outros pontos da cidade.
A avaliação é de Luiz Roberto de Souza, gerente de vendas da imobiliária Pirâmides. Ele afirma que o investidor que compra imóvel na planta tem ganhado mais apostando em oportunidades na região continental de Florianópolis, em áreas como Estreito e Campinas, em São José, na Grande Florianópolis.
O contrato de um apartamento adquirido no lançamento é reajustado com base no Custo Unitário Básico (CUB) até que o empreendimento seja finalizado. Em 2010, o CUB em Santa Catarina subiu 5,63%. Mas imóveis de dois quartos no Estreito e em Campinas têm alcançado valorização média anual de 14,5%.
Um ganho que, segundo Souza, não é obtido por quem escolhe a opção mais conservadora: novos empreendimentos no Centro da Capital ou Trindade e Itacorubi.
– Nestes locais, a valorização média tem sido de 10% ao ano. Na Trindade, onde o mercado está saturado, o retorno de quem está investindo agora é menor especialmente por causa da forte concorrência.

Fonte: Diário Catarinense

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Saiba as diferenças entre as taxas de condomínio

    
      Para aqueles que moram em edifícios, a taxa de condomínio é mais uma despesa no mês. Mas você sabe exatamente o que paga? O que deve e não deve ser cobrado?
      Segundo a gerente da Brognoli Condomínios, Alessandra Ramos Martinz, a previsão orçamentária é definida em reunião de Condomínio, podendo ser fixa, onde todos os meses o valor cobrado é igual, variando apenas consumos de água e gás.
      Há também a previsão mensal, ou seja, as despesas previstas para o mês seguinte são rateadas e sempre haverá variação nos valores. “Nesse segundo caso, não há limite para variação, e o valor de condomínio não tem como ser fixado no contrato”, afirma.
      Alessandra complementa que toda despesa realizada deve ser cobrada, como água, luz, elevador, manutenções. Despesas extraordinárias, como aquisições e reformas, obrigatoriamente devem ser aprovadas em reunião. “Participar das reuniões de condomínio, levar ideias e debater sobre os assuntos de pauta são maneiras de estar atento às despesas e contribuir na administração de condomínio, o que na maioria das vezes não ocorre", finaliza Alessandra.

      No Art. 1334, do Código Civil, estipula que a convenção determinará:

I - a quota proporcional e o modo de pagamento das contribuições dos condôminos para atender às despesas ordinárias e extraordinárias do condomínio;
II - sua forma de administração;
III - a competência das assembleias, forma de sua convocação e quorum exigido para as deliberações;
IV - as sanções a que estão sujeitos os condôminos, ou possuidores;

quinta-feira, 28 de abril de 2011

PREOCUPAÇÃO COM O AMBIENTE INVADE A CONSTRUÇÃO CIVIL

O aumento recente da renda dos brasileiros tem sido um impulsionador da construção civil. Novos prédios e casas pipocam por todos os lados das cidades das grandes e das pequenas. Nas áreas nobres, o número de empreendimentos certificados também aumenta. Somente o Green Building Council Brasil, que fornece o selo LEED (Leadership in Energy Environmental), um dos mais conhecidos do setor de construções verdes, emitiu 23 certificados para empreendimentos brasileiros até 2010. Esse número coloca o país na quinta posição do ranking mundial.
Ainda assim, certificar não é o único caminho para a redução do impacto. Pequenas ações e mudanças na forma de construir podem fazer com que o canteiro de obras deixe de ser um espaço de desperdício. A retirada de materiais da natureza, como a areia, e a produção de resíduos, como o entulho das demolições, são questões que podem ser minimizadas. O fator determinante nesse contexto, de acordo com o engenheiro civil e professor da PUCRS Jairo Andrade, é o planejamento.
obra limpa pense imóveis
Um projeto bem elaborado e calculado pode dar destino correto ao lixo produzido e fazer com que materiais pré-fabricados reduzam o desperdício de tijolos, cimento e gesso, por exemplo. Mesmo custando um pouco mais, os pré-moldados também podem ser montados de forma mais rápida e, assim, reduzir a duração da obra. E menos tempo no canteiro de obras é sinônimo de menos ruído para a vizinhança.
Na busca por novas formas de construir, o Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Escola de Engenharia da USP – São Carlos está testando o uso de tubos de papelão reciclado em paredes verticais. O motivo do engajamento é claro para a arquiteta e doutoranda da USP Gerusa Salado:
– Sabemos que a construção degrada o ambiente, tanto na demolição quanto na extração de materiais do ambiente.
Ainda assim, José Goldemberg, presidente do Conselho de Sustentabilidade da Fecomercio/SP, entende que, quando o tema é racionalização da construção, o país ainda deve percorrer um longo caminho de aprimoramento.
Para estimular o desenvolvimento de construções com mais qualidade e menos impacto, o banco Santander desenvolveu o programa Obra Sustentável, que incentiva construtores a adorar práticas socioambientais positivas no projeto e execução da obra. Entre os aspectos avaliados pelo programa estão exatamente a reutilização, a redução dos produtos consumidos e a reciclagem de materiais.
Uma boa construção
Reduzir o impacto nas construções passa por dois fatores principais, a diminuição dos resíduos produzidos e do desperdício de materiais. As duas questões estão muito próximas e é isso que faz com que as soluções incluam, de uma forma ou de outra, o material utilizado.
Ainda assim, especialistas como o professor Jairo Andrade, engenheiro civil do curso de Engenharia Civil da PUCRS, colocam o planejamento como grande agente na redução do impacto.
– Uma obra bem planejada utiliza melhor os materiais comprados e, assim, reduz o que vai para o lixo – afirma Andrade.
O uso de materiais pré-fabricados, como paredes, lajes e vigas, é uma solução interessante para a questão do desperdício. Como funcionam a partir do processo de encaixe, esses materiais têm instalação rápida e costumam não produzir resíduos. Embora muito utilizados em prédios comerciais e industriais, os pré-moldados não foram adotados por completo quando a construção é residencial.
Para o engenheiro civil e diretor da Sudeste Pré-Fabricados, Fabio Casagrande, a resistência no uso de pré-moldados pode estar ligada a dois fatores: preço e falta de informação.
– Muitos ainda pensam que o pré-moldado é um material inferior, o que não é verdade – afirma Casagrande.
Andrade reforça que a construção civil tem um tempo próprio para evoluir e, talvez, por esse motivo os materiais pré-fabricados não sejam uma realidade em muitos canteiros de obra. Mesmo assim, o engenheiro civil e professor da Universidade Nove de Julho de São Paulo, Salomon Levy, é otimista:
– O setor evoluiu nos últimos anos, e a consciência ambiental, que cresce, também deve fazer com que novos materiais sejam assimilados pouco a pouco. Construções residenciais ainda resistem à utilização de estruturas pré-moldadas.
Parede feita de papelão
Pensando na redução do entulho nas obras e no reaproveitamento de materiais, um grupo de arquitetos e engenheiros da USP – São Carlos está testando uma nova matéria-prima: o papelão. Há quatro anos em estudo, o projeto do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Escola de Engenharia quer possibilitar que uma nova opção chegue ao mercado da construção civil.
obra limpa pense imóveis
Há três meses, uma construção experimental foi instalada na universidade para testar a viabilidade técnica do material. A pequena casa é feita com tubos de papelão e, até agora, tem apresentado resultados positivos. A ideia é que o material possa substituir paredes internas e externas de prédios comerciais ou residenciais. Em testes já realizados, um metro linear do material mostrou suportar até cinco toneladas.
– Os testes durarão dois anos, mas a ideia é que o papelão substitua a alvenaria tradicional, incluindo aço, madeira e vidro – esclarece a arquiteta e doutoranda da Escola de Engenharia de São Carlos, Gerusa Salado.
Para ela, um dos motivos que fazem da construção civil um setor de impacto é a extração de matéria-prima da natureza. Por isso, o fato do papelão testado na USP ser produzido com papel reciclado conta a favor. A possibilidade de montar e desmontar as paredes também faz com que o modelo viabilize, de alguma forma, a reutilização.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Prédios mais eficientes



Diante do crescimento da demanda atual por fontes energéticas dentro de padrões cada vez mais profundos de desenvolvimento, torna-se consenso a necessidade de mudar radicalmente a forma como se consome e produz energia. O uso dos selos, certificações e programas que regulam e sugerem parâmetros e metas para este uso nas edificações, tornando-as eficientes, tem apresentado resultados expressivos no Brasil e no mundo. A construção civil consome aproximadamente 75% dos recursos naturais disponíveis no planeta e é responsável por grande parte dos resíduos, gasto de energia e emissões atmosféricas de gases poluentes. Em funcionamento, as edificações respondem por 42% da energia elétrica e 20% da água utilizada pela sociedade como um todo.
"O setor necessita adotar práticas sustentáveis e mudar os modelos de planejamento e desenvolvimento das construções, pois a redução do desperdício de energia nos edifícios pode dar uma grande contribuição para a diminuição das emissões do principal gás responsável pelo efeito estufa. A opção de racionalizar, reduzir e conservar energia elétrica é uma estratégia eficiente e inteligente, para donos e usuários", pontua a engenheira Patrícia Vasconcellos, sócia da Creato Consultoria e Projetos.
Como explica, a eficiência energética é o uso racional da energia elétrica para o consumo de uma edificação. Pode-se dizer que um edifício é mais eficiente energeticamente que outro quando ele proporciona as mesmas condições de uso e conforto com menor consumo de energia. Estudos e avaliações voltadas para a eficiência energética nas edificações podem ser tratados em todas as fases de um empreendimento, do planejamento à construção, também como em edificações existentes. "O ideal é que o projeto seja concebido para ser eficiente em energia. Dessa forma, o custo de implantação é menor e a eficiência do sistema é melhor. No caso de edificações antigas, que estão fazendo "retrofits", ou seja, se modernizando, é feita uma análise do consumo de energia atual para depois ser apresentada uma proposta de intervenção", explica Patrícia.
Para o engenheiro diretor da Green Gold Engenharia e Projetos, Júlio César Fonseca, a eficiência energética é algo muito importante nos dias atuais. Primeiro porque passa pela questão ambiental do ponto de vista da matriz energética do país. Na Europa, a geração de energia foi baseada em usinas nucleares e por usinas termelétricas à base da queima de carvão. São fontes não renováveis e com risco de acidentes ambientais, como o ocorrido no Japão, lembra Júlio César. "Já no Brasil, nossa matriz é a hidrelétrica, que tem um alto impacto ambiental para sua implantação devido à necessidade de alagamento para criação da represa. Temos como exemplo atual a Usina de Belo Monte. O pensamento é que se tivermos edificações eficientes do ponto de vista energético, teremos uma demanda menor de energia e como consequência um menor impacto na questão ambiental para o suprimento de energia."
Em um empreendimento sustentável, o consumo de energia pode ser 30% menor que nos demais, afirma o gerente operacional do Green Building Council Brasil, Felipe Faria. De acordo com ele, até o momento, 24 empreendimentos receberam a certificação LEED no Brasil. Em 2009, o país era o 6º colocado no ranking mundial de construção sustentável. No ano passado, subiu para 5º, atrás apenas dos Estados Unidos, Emirados Árabes Unidos, Canadá e China, pontua. Um reflexo dessa preocupação é o concurso OTEC de Eficiência Energética, que na primeira edição tem como um dos três finalistas uma equipe mineira formada por engenheiros, arquitetos e administradores ligados à Creato. Juntos, eles criaram um projeto de revitalização do Edifício Paulo de Tarso Montenegro, que abriga há 11 anos a sede do Ibope em São Paulo.

Fonte: Jornal Estado de Minas/BR

Bairro-Cidade Pedra Branca: Pioneirismo em Urbanismo Sustentável na América Latina

Empreendimento fugirá do conceito dos condomínios fechados, criando uma comunidade voltada ao pedestre e à natureza


Um bairro com infraestrutura de cidade, rodeado de áreas verdes e onde as pessoas possam morar, trabalhar, estudar e se divertir ao alcance de uma caminhada. Modelo para o mercado brasileiro e único na América Latina, este bairro começa a ser realidade na Cidade Universitária Pedra Branca, na Grande Florianópolis. Com uma universidade como âncora e áreas para implantação de serviços e indústrias, foi planejado como um local diferenciado, valorizando o meio ambiente, os espaços públicos e a tranqüilidade.
Em 2005 teve início a segunda fase do empreendimento, quando começou a ser estruturado conforme os princípios do Urbanismo Sustentável. Surge então o projeto do novo ‘centro de bairro’ da Pedra Branca, que nos próximos 10 anos abrigará com conforto e segurança cerca de 30 mil moradores em quase dois milhões de metros quadrados de construções.
O bairro sustentável Pedra Branca fugirá do conceito dos condomínios fechados, criando uma comunidade voltada ao pedestre e à preservação da natureza. Todas as atividades culturais, comerciais e de lazer estarão ligadas por ruas que privilegiam os moradores. O objetivo é garantir o convívio junto ao meio ambiente sem abrir mão das amenidades urbanas. A execução deste conceito inédito propõe em um mesmo local a integração de lojas, empresas, mercados, padarias, farmácias e residências.
As 20 quadras da primeira etapa do centro do bairro (serão 47 no total), não ficarão restritas às residências – uma mesma quadra contará com edifícios para habitação, escritórios e comércio. O uso misto é a essência do Urbanismo Sustentável e no bairro Pedra Branca a proposta é justamente de que os moradores tenham uma cidade aos seus pés. As obras deste ‘bairro-cidade’ iniciaram em 2010 com o lançamento das duas primeiras quadras – Pátio da Pedra e Pátio das Flores. O empreendiment
o conta com a experiência da Joal Teitelbaum, uma das maiores construtoras do sul do país, e a parceria do Grupo Espírito Santo, um dos principais players do setor financeiro de Portugal.
Projeto urbano e arquitetônico com know-how internacional
Esão engajados nesta experiência pioneira no Brasil onze importantes escritórios de arquitetura e urbanismo, com a participação de consultores do exterior, como a DPZ Latin America e a Arup (uma das maiores empresas de engenharia do mundo). Os urbanistas Jaime Lerner e Silvia Lenzi também têm importante participação no desenvolvimento do projeto urbano e arquitetônico do bairro Pedra Branca, premiado em 2007 na XI Bienal Internacional de Buenos Aires. Em 2009, o projeto foi selecionado pela fundação do ex-presidente norte-americano Bill Clinton para integrar o Programa de Desenvolvimento do Clima Positivo. Além de estar entre os 18 selecionados – o único da América Latina –, o empreendimento está entre os cinco para integrar projeto-p
iloto da ONG, que visa estabelecer as metas de emissão de carbono nas cidades do futuro.
A Pedra Branca hoje
Atualmente a Cidade Universitária Pedra Branca conta com cerca de 4 mil moradores, 600 casas e seis prédios. Abriga a Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), que atende cerca de 10 mil estudantes; Grupo de Escoteiros; um Centro Empresarial; Shopping Universitário, Techno Park, com 204 lotes destinados a operação de empresas não-poluentes; complexos aquático e poliesportivo; além da possibilidade de atividades radicais como arvorismo, rappel e escalada no Parque do Maciço da Pedra Branca.
Parceria
A Brognoli Negócios Imobiliários montou uma equipe exclusiva e especializada de corretores de imóveis para atender o empreendimento Pedra Branca. A previsão é que sejam construídos até 10 mil apartamentos em 10 anos.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Como declarar a compra do imóvel no Imposto de Renda 2011?

  
     Declarar a compra de um imóvel no Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF) – especialmente se a aquisição foi feita por meio de financiamento bancário, com uso de recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e por mais de uma pessoa – costuma ser um dos pontos de maior confusão para o contribuinte, segundo o consultor Antônio Teixeira Bacalhau, da Declare Certo IOB. “No caso de imóvel financiado, só vai preencher a ficha de Bens e Direitos, usando o código próprio e discriminando em detalhes a negociação. Se adquiriu em 2010, vai deixar em branco o campo Situação em 31/12/2009”, diz. “O contribuinte vai preencher no campo Situação em 31/12/2010 tudo o que pagou: entrada, FGTS, despesas de cartório, valores de prestações pagas – e não deve preencher a ficha de Dívidas e Ônus.” Teixeira destaca, ainda, que os valores do FGTS usados para pagar o imóvel, além de serem informados no campo Situação em 31/12/2010, também devem ser indicados no item 3 da ficha de Rendimentos Isentos e Não Tributáveis. “Isso é importante porque justifica o acréscimo patrimonial”, destaca.
     No caso de imóveis adquiridos por meio de consórcio, há duas situações diferentes – se o bem foi contemplado ou não, conforme explica a consultora tributária Sueli Angarita. Ela detalha como declarar o bem caso o contribuinte tenha sido contemplado em 2010. “No código 95 da 'Ficha Bens e Direitos', informe na coluna 'Ano de 2009' o valor constante na declaração do exercício de 2010, ano-calendário de 2009, e não preencha a coluna de 2010. No código específico do bem recebido, informe na coluna Discriminação os dados do bem e do consórcio. Não preencha a coluna 'Ano de 2009' e informe na coluna 'Ano de 2010' o valor declarado no código 95, na coluna 'Ano de 2009', acrescido das parcelas pagas em 2010.” Se o contribuinte ainda não foi contemplado, deve usar o código 95 e informar na coluna "Discriminação" os dados do bem e do consórcio.
     Outro detalhe importante com relação à declaração de imóveis no IR, segundo Sueli, é lembrar-se de informar eventuais benfeitorias. “Valores gastos com mão de obra de profissionais e o material gasto na obra devem ser declarados no campo de atualização do bem na ficha Bens e Direitos. O procedimento é importante, pois, quando da venda do bem, o imposto de renda incidirá, apenas, sobre a diferença entre o valor do imóvel atualizado e o valor da venda. Caso contrário, o contribuinte pagará mais imposto na venda”, explica.
Contribuinte é obrigado a declarar a posse de um imóvel no IR, qualquer que seja o valor do mesmo
     Teixeira, da Declare Certo IOB, orienta como deve ser detalhada esta informação. “No caso das benfeitorias realizadas no imóvel adquirido após 1988, em 2010, o custo das mesmas deve ser acrescido ao valor do imóvel. Na coluna 'Discriminação', juntamente com os dados do bem, inclua o custo das benfeitorias. Depois, na coluna 'Ano de 2009', o valor do bem constante na declaração do exercício de 2010, ano-calendário de 2009; e, por fim, na coluna 'Ano de 2010', o valor do bem acrescido do valor pago em 2010 pelas benfeitorias realizadas”, diz.
     É importante destacar, porém, que, com exceção deste tipo de atualização por meio de reformas, os imóveis devem ser declarados pelo custo de aquisição, independentemente do atual valor de mercado. “O custo dos bens ou direitos adquiridos ou das parcelas pagas a partir de 1º de janeiro de 1996, de bens, não está sujeito à atualização”, fala Teixeira.
     Sueli destaca, ainda, que os recibos assinados pelos profissionais e notas fiscais de lojas de material de construção devem ser guardados por cinco anos. “Recibos de orçamento não são documentos hábeis.”
     Teixeira diz que, quem vendeu um imóvel em 2010, deve ter preenchido o GCap. “Todas as pessoas que venderam imóvel, com valor superior a R$ 35 mil, devem preencher o programa para a apuração do ganho de capital. Mesmo que a pessoa compre outro imóvel em 180 dias, precisa preencher o programa. Com o GCap preenchido, que é um programa à parte, quando for preencher o IR, vai importar os dados para a declaração”, diz.
     O consultor, lembra, porém, que, em caso de ganho de capital, o imposto deve ser pago até o último dia do mês seguinte à transação de venda do imóvel. Ele reforça que o lucro na venda de imóveis fica isento quando outro imóvel é adquirido em até 180 dias. “Se um novo imóvel não for adquirido em 180 dias, o contribuinte está sujeito a recolher o imposto, acrescido da taxa Selic e de 1% de juro de mora.”
     Sueli orienta, ainda, sobre como declarar bens recebidos por herança, legado ou doação. “Na coluna 'Discriminação', informe os dados do bem recebido e a forma de aquisição. Não preencha a coluna 'Ano de 2009'. Informe na coluna 'Ano de 2010' o valor do bem constante na última declaração apresentada pela pessoa falecida ou pelo doador, ou o valor pelo qual tenha sido transferido, se superior àquele.”
     O contribuinte é obrigado a declarar a posse de um imóvel no IR, independentemente do valor. Isto, porém, não interfere na escolha do modelo de declaração, que tanto pode ser optando pelas deduções legais (completa) quanto pelo desconto simplificado.
 
Fonte: G1 Economia

terça-feira, 22 de março de 2011

HABITE-SE: Documento que atesta a legalidade do imóvel.

   
    Foi amor à primeira vista. A família adorou. Os amigos não vêem a hora de promover um animado churrasco para comemorar a mudança. Você já se imagina vivendo no lugar que pediu a Deus, um verdadeiro pedaço do paraíso na terra. O enredo, tão familiar a quem se encanta com a aquisição de um novo imóvel pode, entretanto, não ter um final feliz.
    A ausência de um documento chamado Habite-se, emitido pela prefeitura de sua cidade, pode inviabilizar a aquisição do imóvel por financiamento, impedir a venda (caso você já o tenha comprado), doação ou a inclusão em herança.
    Mas afinal, o que é o Habite-se? É o documento que atesta a legalidade do imóvel, ou seja, sua existência do ponto de vista jurídico. Por isso, sua inexistência provoca tantas restrições.
   Tantos são os problemas que a falta do documento pode acarretar que era de se esperar que poucos fossem os imóveis sem Habite-se. Ledo engano. Segundo a mais recente estimativa da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, existem mais de 500 imóveis sem o atestado.

Pré requisitos para a concessão do Habite-se:

  • Certidão das concessionárias de serviços públicos. É preciso a autorização de todas, como por exemplo: Light, Cedae e CEG.

  •  Laudo do corpo de  bombeiros de sua cidade atestando o cumprimento dos requisitos de segurança.

  • O projeto arquitetônico precisa cumprir a legislação urbanística para o local e respeitar o número de andares e a área total construída, segundo a avaliação de profissional designada pela Secretaria de Urbanismo.

  • Cobrar que a construtora apresente o Habite-se logo após a conclusão da obra. Havendo problemas,  o comprador deve procurar a Secretaria de Urbanismo para saber o que está acontecendo.

    Regularizando a situação

        Se você mora em um imóvel sem Habite-se, não perca tempo. Além de livrar-se do risco de multas progressivas, crescentes a cada mês, calculadas sobre o valor de mercado do imóvel, o processo para a concessão do habite-se é simples, rápido e barato. Os custos reduzidos são oriundos de uma série de isenções, normalmente oferecidas pelas prefeituras. Os interessados devem procurar a secretaria de urbanismo de sua cidade para obter maiores informações.

    Fonte: www.tudosobreimoveis.com.br
  • quarta-feira, 16 de março de 2011

    Entendendo as Área dos Imóveis


    Na maioria das vezes quando nos perguntamos sobre a área do nosso apartamento, nos enganamos na sua definição; aqui vamos colocar tudo no devido lugar para que você não cometa equivoco na hora de contratar a construção ou a compra da unidade:
    ÁREA PRIVATIVA - É aquela  onde o proprietário detém a integridade do seu domínio, constituído pela superfície limitada pela linha externa que contorna as paredes das dependências de uso privativo e exclusivo do proprietário, sejam elas cobertas ou descobertas e pelo eixo das paredes que separem de outra unidade , no mesmo piso.  O mercado utiliza, via de regra, outras expressões, como área útil, e até mesmo 'área de vassoura', para denominar aquela situada dentro do ambiente exclusivo do condômino.  Importante ressaltar que esta é a área individual, a área em que o condômino detém todo o seu domínio, restrito aos limites, sendo portanto a área mais importante no momento da compra e sobre a qual o adquirente atribui a maior importância, devendo inclusive ser objeto direto de questionamento quando da transação.

    ÁREA ÚTIL - Também conhecida como "área de vassoura", é constituída pela área que realmente é útil dentro da área privativa, desconsiderando-se os eixos das paredes internas e externas. Para melhor entender, imagine-se em um imóvel totalmente vazio, sendo que, onde a vassoura passa é a área útil, não considerando as paredes e divisões que a área privativa inclui.

    ÁREAS DE USO COMUM:  Aquelas que podem ser utilizadas em comum por todos os propretários das unidades autônomas, sendo franqueado o acesso, seu uso e gozo, de forma comunitária, constituídos, por exemplo, pelo hall do prédio, áreas de lazer, corredores de circulação, etc.

    ÁREAS DE DIVISÃO NÃO PROPORCIONAL:  Aquelas de uso privativo ou comum a uma ou várias unidades autônomas, independente de qualquer relação de proporcionalidade com as respectivas áreas privativas de construção, ou seja, áreas que, embora situadas fora da área privativa e exclusiva do uso do condômino, são a ele pertencentes, podendo também pertencer a mais de um condomínio.  O exemplo mais usual da área de divisão não proporcional são as vagas de garagem, que embora situadas em local de uso comum, a sua utilização se restringe ao titular da unidade autônoma correspondente ao respectivo box.

    ÁREAS DE DIVISÃO PROPORCIONAL -  Aquelas de uso comum, distribuídas às unidades autônomas na proporção dos respectivos percentuais que ocupam na edificação.  Assim todos compartilham, na proporcionalidade de suas respectivas frações, as áreas que são comuns a todas as unidades.

    ÁREA TOTAL - Soma da área privativa da unidade autônoma, com as parcelas de uso comum, formando assim a área total de construção, que corresponde ao montante que o proprietário da unidade possui no futuro empreendimento, chamando a atenção para não confundi-la com a área privativa, restrita à unidade e ao uso exclusivo do proprietário, haja vista que a área total é utilizada para efeito de cálculo do rateio das despesas de construção, uma vez que o pagamento do custo da obra impõe gastos não só com a unidade privativa, mas também com as partes comuns, bem como para lançamento de IPTU.

    Fonte: www.tudosobreimoveis.com.br

    terça-feira, 1 de março de 2011

    Demanda crescente pelo crédito imobiliário

      
      Os números do mercado imobiliário impressionam. Acostumados que éramos a lidar com baixas cifras, passar a pensar em dezenas de bilhões de reais tem gerado expectativas e também boa dose de responsabilidade.
       Uma das preocupações do setor vem de uma possível carência de recursos no prazo de quatro anos. O dinheiro da poupança e do FGTS - principais fontes destinadas à produção e aquisição de imóveis - mostram indícios de insuficiência. Chegar em 2014 com a linha do crédito imobiliário robusta requer debates imediatos sobre o reforço na destinação da poupança e de fundings alternativos.
       Outro aspecto que merece atenção é o reajuste dos preços. De 2005 a 2010, na cidade de São Paulo, o valor médio de área lançada registrou incremento de 62%, enquanto a inflação do INCC limitou-se a 48% acumulado no período. Isso se deve ao forte e rápido aquecimento após longos anos de estagnação do setor. O cenário futuro é de mercado sólido e estável, sem risco de "bolha", pois há demanda e o nosso sistema financeiro é rígido na concessão de créditos.
       Resta um alerta: comprar imóvel é sempre bom, desde que seja para morar, instalar uma empresa ou alugar. Para aqueles que buscam especular, a recomendação é: não comprar. Imóvel como investimento é complemento de renda e de aposentadoria tão somente.
    Fonte: CBIC

    quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

    PLANEJAMENTO E MARKETING IMOBILIÁRIO: Personalização e ousadia para conquistar compradores exigentes


    Compreender os desejos e necessidades envolvidos em cada uma das relações entre a empresa e seus públicos, sem perder de vista o conjunto, a fim de empreender ações ousadas e que atendam os diferentes perfis de clientes. Segundo palestra ministrada pela proprietária da Nuna Planejamento e Marketing Imobiliário, Adriana Samaan, nesta semana, em Curitiba, esta deve ser a diretriz para a implantação de estratégias de marketing numa nova configuração do mercado imobiliário, com forte presença das empresas nacionais. “Neste novo cenário o grande desafio é reinventar o marketing de maneira que ele possa contribuir com um novo olhar sobre o consumo e suas consequências, construindo uma sociedade mais responsável e mais crítica e, portanto, mais racional”, defende.
    Para Adriana, estruturar o ambiente organizacional para o atendimento de diferentes demandas é o primeiro passo para posicionar a marca de maneira positiva no mercado, agregando valor aos produtos e serviços ofertados. Para isso, é necessário estabelecer critérios para a contratação, mensuração e relacionamento com colaboradores, fornecedores e concorrentes, participar efetivamente de entidades e associações afins ao negócio, avaliar a importância da opinião de ex-clientes no planejamento estratégico, definir papel, responsabilidade e atuação da empresa na sociedade e identificar as particularidades de perfis e de canais de comunicação com os clientes. “Também é importante investir constantemente em pesquisa, atendimento, personalização, qualidade, treinamento e capacitação, bem como estabelecer relações que priorizem o conhecimento, a parceria e o comprometimento. Isto vai possibilitar que a empresa cresça e se desenvolva de maneira sustentável e harmônica”, sugere Adriana.
    Atenção especial também deve ser dada às mudanças de comportamento e exigências dos consumidores, que cada vez mais priorizam a inovação, o bem-estar, a conexão, a satisfação, a integração, a curiosidade e o status. “É preciso fazer um trabalho na contramão, ou seja, a partir das necessidades dos clientes, oferecer diferenciais que façam mais sentido para ele. Esforços devem ser empreendidos na busca de maior flexibilidade e personalização dos espaços, unindo estética e economia”, destaca Adriana.
    Os mesmos cuidados devem ser tomados no planejamento e elaboração do empreendimento, bem como na comunicação com o consumidor. Esta deve ser criativa, honesta e humanizada. “É fundamental que se estabeleça uma troca entre o cliente e a empresa. Que o comprador participe do processo, sem se sentir invadido”, comenta Adriana. Um ponto de venda que transmita o conceito da organização e da marca, sendo projetado para todos, e ferramentas virtuais dinâmicas, interativas e com atualização periódica, também auxiliam na comunicação e fixação da marca e da empresa. “Não existe ação de marketing no mundo capaz de reverter uma resposta mal educada ao telefone, o cheiro de tinta que invade o carro do folheto mais barato, ou o banheiro mal cuidado da empresa”, comenta.
    Para as pequenas empresas do mercado imobiliário, Adriana aponta a atuação em nichos de mercado, que priorizem investimentos em praças que não alcançaram integralmente seu mercado potencial ou em novos produtos e serviços que possibilitem novas distribuições e novos mercados, como boas oportunidades de negócio. “Acompanhar as tendências, como a relação cada vez mais estreita entre casa e trabalho, a convergência tecnológica, a relação de consumo temporária, e o conceito da casa como clube é uma fonte recomendada para que as empresas com verbas de comunicação e marketing menores possam se tornar referência em sua área de atuação”, diz Adriana.

    Fonte: ParanáShop

    terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

    Financiando um imóvel? Entenda como as parcelas são corrigidas.

          INCC, CUB, IGP-M. Essas siglas são familiares para você? Se você está financiando um imóvel e a sua resposta for negativa, é melhor começar a prestar mais atenção nelas. Isso porque estes são alguns dos índices utilizados para corrigir as parcelas do financiamento imobiliário; lembrando que correção monetária é diferente de juros.
          Os juros que compõem as parcelas são referentes ao valor que se paga pelo empréstimo do montante que o comprador não quita à vista e opta por financiar, enquanto a correção monetária atualiza o valor do bem para recuperar os efeitos da inflação.
          Entendendo cada índice

          O INCC (Índice Nacional da Construção Civil), calculado todos os meses pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), corrige as parcelas de imóveis na planta ou em construção, até que estejam prontos. Este índice atualiza o valor pago pelo cliente conforme a variação dos preços dos materiais de construção e os salários pagos para os trabalhadores da construção civil.
          O CUB (Custo Unitário Básico), assim como o INCC, é outro índice que pode ser utilizado para atualizar as parcelas de imóveis não prontos. Calculado pelo Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção) de cada estado, o índice considera o preço dos materiais, equipamentos, despesas administrativas, entre outros itens.
          Já o IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado), calculado também pela FGV, é usado somente nos financiamentos direto com a construtora para corrigir os valores das prestações de imóveis prontos. O índice considera o IPA (Índice de Preços por Atacado), o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) e o INCC.
         Por fim, há a TR (Taxa Referencial), definida todo mês pelo Banco Central, segundo a remuneração média das aplicações bancárias, e utilizada pelos bancos para corrigir as parcelas do financiamento.

    Fonte: Infomoney